O Daemon Nous Global utiliza métodos científicos e foca em investimentos com baixa correlação com o mercado brasileiro
A Daemon Investimentos abre esta semana novo fundo quantitativo multimercado para captação. A gestora utiliza métodos científicos e tecnologia de ponta para fazer investimentos no mundo todo. Segundo o sócio-diretor Sérgio Rhein Schirato, o objetivo do Daemon Nous Global é produzir altos retornos com risco controlado, sem exposição cambial e, principalmente, com pouca relação com o mercado brasileiro.
Seu lançamento ocorreu em fevereiro do ano passado, porém, a equipe trabalha no projeto há mais de 3 anos.
“Experimentamos diferentes abordagens de investimento até chegarmos em um desenho ganhador, no qual confiávamos. A pandemia foi um teste de fogo, pois as simulações e testes realizados indicavam que o fundo se comportaria bem em um momento de crise. Porém, não sabíamos como ele reagiria em uma situação real”, destaca Schirato.
Primeiramente, desde que o Nous Global foi colocado à prova, operando de forma restrita apenas com capital próprio, traz resultados excepcionais mesmo em um cenário mundial tão volátil. Nos últimos 12 meses, o fundo acumulou um retorno de 28%, equivalente a 1.257% do CDI, e apresentou um índice sharpe de 2,10.
Hoje, o aporte mínimo no fundo é de R$ 10 mil e somente investidores qualificados estão aptos a investir nele, por conta da exposição internacional. De acordo com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), qualquer fundo que mantém mais de 20% do caixa no exterior deve restringir-se a investidores qualificados.
Nesse caso, só podem investir quem possuir patrimônio investido de no mínimo R$ 1 milhão ou for um investidor profissional. Ou seja, uma pessoa física ou jurídica que trabalhe de forma regularizada no mercado financeiro. Segundo Rhein, a Daemon Investimentos planeja oferecer futuramente um produto para o investidor em geral, seja com a flexibilização das regulações da CVM ou com um fundo menos volátil.
Veja as estratégias de investimentos do nosso novo fundo quantitativo multimercado:
Sem interferência de emoções
Um dos principais diferenciais do Nous Global é o uso de métodos científicos para criar algoritmos que tomam decisões de investimento sistematicamente, através de dados e sem interferência de emoções. Os gestores da Daemon, que também são pesquisadores, desenvolvem os sistemas e monitoram as execuções, mas não tomam decisões de investimentos discricionárias.
Diversificado e pouco correlacionado com o mercado brasileiro
“Decidimos ser um fundo multiestratégias e diversificado”, afirma Schirato. “Vários fundos quantitativos no Brasil concentram-se em alguns fatores de risco e em poucos mercados. Já o novo fundo quantitativo multimercado, Nous Global explora diversos fatores de risco e estratégias no mundo todo”, acrescenta.
Além de focar em estratégias diversificadas, a carteira do novo fundo quantitativo multimercado global possui investimentos que contemplam: ações brasileiras e no exterior, moedas das principais economias, índices globais, commodities agrícolas e industriais, e taxas de juros internacionais. O resultado é, portanto, um portfólio com alto retorno, risco controlado e pouco correlacionado com o mercado brasileiro.
Os ativos brasileiros representam hoje menos da metade do risco do Nous Global, e serão ainda menores no futuro. “Acreditamos que o investidor brasileiro se beneficiaria de ter exposição a investimentos em mercados globais, tendo em vista, principalmente, a instabilidade da nossa política e economia”, comenta Schirato.
Time de peso e apaixonado por Matemática
Atualmente, o time da Daemon conta com profissionais com vasta experiência no mercado financeiro e um forte background acadêmico, além de serem apaixonados por Matemática. O currículo do próprio Sérgio é um forte exemplo disso: trabalhou como diretor do Unibanco, atuou na área internacional do BankBoston, tem PhD em Ciências, MBA pelo Programa Trium (NYU Stern, LSE e HEC Paris), pós-graduado em Matemática Aplicada e Bacharel em Administração de Empresas.
“O time é “O time é absolutamente fundamental para o sucesso do novo fundo quantitativo multimercado global o Daemon Nous Global. Poucas equipes conseguem unir capacidade de pesquisa de ponta com experiência no mercado financeiro. Esse foi o norte na construção do nosso time, e junto com a tecnologia, são os grandes diferenciais da Daemon”, reforça Schirato.
O diretor da Daemon também reconhece que poucos profissionais têm o talento, a capacidade técnica e a experiência necessária para atuar em fundos com estratégias quantitativas. “O fato de ser uma indústria em desenvolvimento no Brasil torna as coisas ainda mais difíceis, pois os talentos gravitam para outras dimensões, maiores e mais desenvolvidas, do mercado financeiro”, complementa Schirato.
Fundo Quantitativo: mais ciência nas decisões de investimentos
Traçar tendências, estudar séries históricas e observar padrões não são novidades no mercado financeiro. O grande diferencial do fundo quantitativo está, antes de tudo, na capacidade de processar uma enorme quantidade de dados e automatizar processos.
Assim como um radar que trabalha 24 horas por dia, os modelos matemáticos rastreiam os padrões definidos e cruzam as milhões de informações em todos os mercados do mundo. Como resultado, optam por investir ou não em determinado ativo e a que preço, sem interferência de emoções.
Cenário brasileiro de fundos quantitativos
A história dos fundos quantitativos no Brasil é relativamente recente. Teve início em 2008 com a Murano Investimentos e a Kadima Asset Management, mas foi só a partir de 2015 que houve uma disseminação maior dos fundos quantitativos aqui. Podemos destacar, por exemplo, 12 entre os principais do mercado financeiro brasileiro: Kadima, Murano, Visia Zaratrusta, Rio Bravo, Pandhora, Canvas Vector, Constância, Claritas, AvantGarde, Giant Sigma, Maua Capital e Kapitalo Gaia.
De acordo com os dados da Anbima e CVM, atualmente, eles somam R$ 7 bilhões de ativos sob gestão. Ou seja, em termos de patrimônio líquido, esses fundos representam menos de 1% do total dos fundos multimercados no Brasil. Contudo, juntos apresentam retorno médio acumulado de 379,2%, considerando a série histórica de 2008 até hoje. Esse número supera o IHFA (Índice de Hedge Funds ANBIMA) de 289,08% e a taxa acumulada de CD1 de 213,93%, no mesmo período.
Por fim, considerando o intervalo de 2015 até hoje, os 12 fundos quantitativos apresentam um retorno médio acumulado de 98,1%, índice maior que o IHFA, que foi de 91,32%, e a taxa acumulada de CD1 de 65,47%, nesse período.
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